Descubra a cidade com o maior sítio histórico do estado, onde tradição, folclore e arquitetura se encontram
Por Ludmilla Azevedo
Muqui, localizada no sul do Espírito Santo, é um destino imperdível para quem deseja mergulhar na história e na cultura capixaba. A cidade, a 175 km de Vitória, abriga o maior e mais significativo sítio histórico do estado, com 186 imóveis tombados pelo patrimônio histórico.
Seu conjunto arquitetônico, formado por casarões, sobrados e palacetes em estilo eclético, reflete a riqueza da época áurea do café nas décadas de 1920 e 1930. Esse cenário encantador fez com que Muqui fosse reconhecida como a Capital Estadual da Cultura em 2012.

No coração da cidade está a Igreja Matriz São João Batista, padroeiro de Muqui, que impressiona com seus belos vitrais e pinturas do artista italiano Giuseppe Irlandini, datadas de 1940.

O compromisso com a preservação do patrimônio municipal garantiu a inclusão da cidade no Plano de Ação das Cidades Históricas, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), reforçando sua importância no cenário cultural brasileiro.

Muqui também se destaca pelas manifestações folclóricas, que enriquecem sua identidade cultural. O Carnaval do Boi Pintadinho é uma das principais atrações da cidade, com 22 grupos de bois pintadinhos, incluindo bois mirins e o tradicional bloco feminino da Vaca Mocha. Essa tradição, iniciada na década de 1970, faz do carnaval de Muqui um dos mais autênticos do Espírito Santo.

Outro evento imperdível é o Encontro Nacional de Folias de Reis, realizado anualmente desde a década de 1950. Considerado o maior e mais constante encontro de Folias do Brasil, reúne grupos de diversos estados para celebrar essa tradição trazida pelos portugueses. Durante o Natal, os 12 grupos de Folias de Reis de Muqui percorrem as ruas da cidade, visitando casas e encantando moradores e turistas com suas cantorias e apresentações.
Além dessas festas, Muqui preserva manifestações culturais afro-brasileiras, como o Caxambu, também conhecido como jongo ou tambu. Essa tradição, reconhecida pelo Iphan como Patrimônio Cultural do Brasil, é mantida pela Família Rosa no Bairro São Pedro desde meados de 1850. No Morro do Querosene, moradores e visitantes podem vivenciar essa expressão única, que mistura música, dança e poesia ao som de tambores.
Fonte: esbrasil.com.br
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